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Quarta-feira, 16 de Abril de 2008
A IsaLenca deu-me a boa noticia...
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A criação de um serviço de radioterapia no Alentejo é um assunto recorrente. Foram várias as administrações que passaram pelo Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) que se mostraram interessadas e fizeram várias diligências no sentido de implantar uma unidade destas para a região.
As razões são sobejamente conhecidas, nomeadamente o transtorno causado ao doente que tem de se deslocar durante aproximadamente 30 dias a Lisboa, a fim de se submeter aos tratamentos, muitas vezes depois de ter feito quimioterapia que já por si implicam um estado penoso. Para além dos encargos que o hospital tem em termos económicos, visto que, em média, os tratamentos ficam entre os 3.125 e os 3.733 euros por doente.
Perante estes factores, e com a passagem do hospital a central e a empresa, foi incluído no seu plano estratégico a criação de uma unidade de radioterapia. A informação foi avançada pelo presidente do Conselho de Administração do HESE, António Serrano, que afirmou que "esta é já uma bandeira dos alentejanos e é nosso ensejo concretizar uma necessidade de todos", que aliás já esteve aprovada pelo último governo do PSD, "mas que depois não se concretizou porque não havia dinheiro".
O tempo passou e entrou outro governo e o HESE decidiu apresentar um formato de implantação desta unidade, "que tem estado em análise, aguardando-se para breve o despacho conjunto do ministro das Finanças e da ministra da Saúde a autorizar".
Este formato assenta na cedência de exploração da radioterapia a uma empresa privada que se instalará em Évora, mediante concurso internacional, numa dependência hierárquica e funcional do serviço de oncologia. "A nova unidade será uma entidade regulada e controlada por nós, ficando esta responsável por instalar os equipamentos necessários", esclareceu António Serrano.
A radioterapia irá ficar instalada no espaço do Hospital do Patrocínio, mais precisamente num bunker "que está já a ser preparado". Portanto, e segundo o mesmo responsável, o trabalho está feito, afirmando que espera que no final de 2009, a unidade poderá estar concluída e pronta a funcionar.
"Esta é a modalidade que pensamos que seja a mais rápida de concretizar, uma vez que a questão da radioterapia é deveras importante para melhorar a qualidade de vida dos alentejanos", asseverou o presidente do Conselho de Administração, acrescentando que apesar de ser um grande investimento, que poderá ascender aos sete milhões de euros, "será recuperado em dois anos".
in Diário do Sul