A primeira unidade de radioterapia do Alentejo, única região da Península Ibérica que não possuía um equipamento do género, é inaugurada segunda-feira no Hospital do Espírito Santo, em Évora, tornando-se no "mais bem" equipado centro nacional.
"A tecnologia é de topo e, por isso, esta vai ser a unidade de radioterapia mais bem equipada em Portugal e uma das mais bem equipadas da Península Ibérica", garantiu hoje à agência Lusa o presidente do conselho de administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), António Serrano.
A unidade, instalada no edifício hospitalar do Patrocínio e que deverá ser inaugurada "pela ministra da Saúde, Ana Jorge", às 11:00, vai estar equipada com "a tecnologia mais recente", nomeadamente "a última inovação em radioterapia, designada por Rapid Arc", explica o HESE.
"Esta tecnologia permite melhorar muito a qualidade de delimitação da área de irradiação" do doente oncológico em tratamento, resumiu António Serrano.
Lembrando que o Alentejo era a "única região da Península Ibérica" sem qualquer unidade nesta área, o responsável realçou que, agora, passa a deter um centro "de excelência, em equipamentos, tecnologia e recursos qualificados".
Fruto de um investimento privado de "cerca de 10 milhões de euros", a unidade foi construída e será explorada pelo consórcio Lenicare, vencedor do concurso internacional.
Os doentes oncológicos de todo o Alentejo (distritos de Évora, Beja, Portalegre e zona do Litoral Alentejano) passam a efectuar os seus tratamentos de radioterapia nesta cidade alentejana, sem deslocações a Lisboa, Algarve ou a Espanha.
"É a obra mais importante na área da Saúde feita, nas últimas décadas, no Alentejo, porque permite finalmente concretizar o sonho de evitar que os nossos doentes se desloquem para fora da região, para tratamentos que duram normalmente 25 sessões contínuas", disse.
Segundo o presidente do conselho de administração do hospital, essa situação implicava "um vaivém de viagens e uma penosidade enorme tanto para os doentes, que já estavam num estado crítico, como para as suas famílias".
"Agora, as distâncias diminuem e as condições de comodidade são grandes", afiançou, garantindo que, caso os doentes prefiram instalar-se em Évora durante o tratamento, o hospital vai suportar os encargos com a sua alimentação e alojamento em unidades hoteleiras locais.
A partir de segunda-feira, avançou, a unidade de radioterapia vai "começar logo a funcionar", primeiro com "consultas na área da decisão terapêutica" e, provavelmente na terceira semana deste mês, "com o início do tratamento de doentes".
"Mas o doente que já estiver em tratamento em Lisboa, por exemplo, completa lá o ciclo, para evitarmos introduzir um novo factor de perturbação. Estamos é a programar todos os novos doentes", precisou António Serrano, referindo que a estimativa é que a unidade alentejana venha a tratar "cerca de 1.500 doentes por ano".
Além de também criar "30 postos de trabalho qualificados", atraindo, por exemplo, "físicos nucleares", profissão que "não havia na região", sublinhou, a unidade de radioterapia vai ainda integrar uma rede internacional, com parceiros tecnológicos e universidades portuguesas (como a de Évora) e espanholas, para "desenvolver programas de investigação".
RRL.
Lusa/Fim
E para complementar aqui vai esta informação da Lusa:
A 'significativa melhoria' da qualidade dos cuidados de saúde que são prestados aos alentejanos vai estar em destaque no Encontro de Saúde do Alentejo, que decorre na segunda e terça-feira na Universidade de Évora.
Trata-se de uma iniciativa da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, com o tema 'Da dispersão geográfica à qualidade dos cuidados', cuja sessão de abertura será presidida pela ministra da Saúde, Ana Jorge.
A presidente da ARS, Rosa Matos, disse à Lusa que o encontro, de carácter científico, pretende fazer uma análise da evolução dos cuidados de saúde prestados aos alentejanos nos últimos anos.
'O trabalho desenvolvido deixa perceber que o empenho que houve, por parte do Ministério da Saúde, na aposta nos cuidados de saúde primários, continuados e mesmo hospitalares, e a envolvência dos profissionais de saúde, se traduziu numa melhoria muito significativa da qualidade dos cuidados que são prestados aos alentejanos', disse.
De acordo com Rosa Matos, 'a acessibilidade aos cuidados de saúde na região cresceu, de forma concreta e ordenada', não só na área dos cuidados de saúde primários, e dos recém criados cuidados continuados, mas também ao nível das consultas hospitalares e das intervenções cirúrgicas'.
'Os dados referem que, nesta região do país, os indicadores de acesso aos cuidados de saúde tiveram crescimentos anuais, em média, na ordem dos dois dígitos', revelou.
Para 'dar a conhecer esta realidade', a ARS do Alentejo promove o Encontro de Saúde do Alentejo, dirigido à população, mas também aos profissionais de saúde.
Em simultâneo, na Praça do Giraldo, a população pode aconselhar-se com profissionais de saúde sobre problemas relacionados com a diabetes, obesidade, colesterol, desabituação tabágica, oncologia e doenças cardiovasculares e infecciosas.
No local, vão estar também nutricionistas para dar conselhos sobre alimentação saudável, além de ser prestada também toda a informação alusiva ao rastreio do cancro do colo do útero.
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