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O cientista americano James Watson, galardoado com o Prémio Nobel da Fisiologia/Medicina em 1962, dá uma nova esperança aos doentes oncológicos de todo o mundo, ao defender que é possível e necessário curar o cancro imediatamente, noticia o Correio da Manhã.

Watson, que preside ao comité científico da Fundação Champalimaud, instituição vocacionada para a investigação e combate ao cancro, considera que já há conhecimentos científicos profundos sobre o cancro, pelo que, aliado ao facto de a comunidade médica dispor de terapêuticas eficazes, é possível atacar o cancro no imediato e derrotá-lo.

Um estudo recente revela que a despesa em Portugal para tratar o cancro é bastante inferior à média da União Europeia, ou seja, os custos directos com a doença são de 52 euros per capita, enquanto os europeus gastam 125 euros.

O cientista profere uma conferência, esta sexta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, “Curar o Cancro hoje, não amanhã”, onde irá defender a sua teoria científica.

"James Watson considera que já se percorreu um grande caminho no conhecimento do cancro. O que falta é disciplinar o conhecimento científico e clínico e a informação, porque o mundo dispõe de técnicas terapêuticas de combate muito eficazes", declara uma fonte próxima do cientista ao Correio da Manhã.

O avanço científico tem registado um grande avanço na melhoria das terapêuticas. Além da quimioterapia, radioterapia e técnicas cirúrgicas, há avanços importantes no tratamento, como a descoberta da diminuição do fluxo sanguíneo como forma de "matar" as células cancerosas por falta de oxigénio.