"Sair de um blog sem comentar é como visitar alguém e ir embora sem se despedir..."
Segunda-feira, 28 de Maio de 2012
Os doentes de cancro ficam isentos de taxas moderadoras em todas as consultas decorrentes da doença, mesmo que não tenham insuficiência económica e mesmo que tenham sido dados como curados há mais de cinco anos.
A informação foi avançada hoje pelo ministro da Saúde.
Paulo Macedo adianta que a Administração Central do Sistema de Saúde já informou os hospitais: Através da ACSS esclareceram que as consultas feitas no seguimento das sessões de radioterapia e quimioterapia serão também isentos. Mesmo aqueles que não têm insuficiência económica nem incapacidade.
Declarações do ministro da Saúde à margem de uma conferência sobre sobreviventes de cancro e que foram recebidas recebidas com agrado pela Liga Portuguesa contra o Cancro. Carlos Oliveira diz mesmo que esta clarificação por parte do Governo vai ajudar muitos doentes: "É excelente essa interpretação do ministro. Havia muita confusão nessa área, ao fim de cinco anos o doente perde os 60% de invalidez, e é bom que perca, porque é sinal de que não tem tumor em evolução, e efectivamente com as taxas moderadoras, com os custos de transportes, colocava-se em causa o controlo que esses doentes necessitam, uma ou duas vezes por ano, às vezes pelo resto da vida".
A Liga teve mesmo garantias por parte do ministro da saúde que o esclarecimento sobre esta questão segue já para os hospitais: "De acordo com o que me disse o Sr. Ministro o ministério iria clarificar através de uma circular este ponto, que tem sido confundido em vários hospitais". Fonte:
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=64035
Quarta-feira, 23 de Maio de 2012
O que acontece, na prática, a um indivíduo que, após cinco anos de detecção de um cancro, não havendo doença evolutiva, deixa de ser considerado doente e passa a ser um sobrevivente? Que tipo de apoio e acompanhamento deve ser prestado a essas pessoas? O que as preocupa? De que forma o sobrevivente volta ao quotidiano e ao trabalho? A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) promove na próxima segunda-feira, 28 de Maio, na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, a primeira Conferência sobre sobreviventes de Cancro, reunindo juristas, médicos, economistas e sociólogos para um debate esclarecedor sobre o tema. A sessão inaugural conta, entre outros, com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e da ministra da Justiça, Paula Teixeira Cruz. A participação é livre, mas requer inscrição prévia, avança comunicado de imprensa.
Com a Conferência sobre sobreviventes de cancro, a LPCC avalia o que acontece às pessoas que perdem os apoios legais que tiveram durante o tempo de doença, antecipando uma problemática social. As previsões apontam para, em 2030, um aumento de cerca 25% da incidência global do cancro e, simultaneamente, uma diminuição dos números de mortalidade, o que faz aumentar o número de sobreviventes. Há cada vez mais casos, é portanto essencial que sejam debatidos os aspectos sociais, médicos e psicológicos na vida dos sobreviventes de cancro em Portugal e que as pessoas sejam sensibilizadas para esta realidade, defende Carlos Oliveira, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Abordagem multidisciplinar feita por um conjunto de especialistas convidados
A Conferência sobre sobreviventes de Cancro discute as condições de acesso aos cuidados de saúde dos sobreviventes, o papel das juntas médicas nas declarações de incapacidades, a fertilidade, as relações laborais e o relacionamento com a banca e com os seguros.
José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, Guilherme Oliveira, director do Centro de Direito Biomédico, Artur Santos Silva, presidente do Conselho de Administração do BPI, bem como diferentes responsáveis dos Núcleos Regionais da Liga Portuguesa Contra o Cancro intervêm na segunda-feira, entre outros. Será também dada voz a uma sobrevivente que recebeu o prémio Heroes of Hope, profiles of courage. A sessão inaugural, marcada para as 9h00, conta com a presença do Ministro da Saúde, Paulo Macedo e da Ministra da Justiça, Paula Teixeira Cruz.
As pessoas interessadas em participar na conferência podem inscrever-se através do site da Liga Portuguesa contra o Cancro em
http://ligacontracancro.pt/. A iniciativa conta com a colaboração do Centro de Direito Biomédico da Universidade de Coimbra e com patrocínio da Ordem dos Médicos e da Fundação Calouste Gulbenkian.
Aceda ao Programa aqui.
Mais informações aqui.
Fonte: POP -
http://www.pop.eu.com/news/7093/26/O-que-significa-ser-sobrevivente-de-Cancro-em-Portugal.html
Sexta-feira, 18 de Maio de 2012
Ler noticia completa do Publico aqui.
Concordo...
Resumem o fato de se guardar as células a um sentido com muito carácter emocional.
E a mim, incomoda-me de verdade.
E vou deixar até aqui um testemunho, para o meu filho um dia ler...e perceber o porquê da mãe e do pai não terem guardado as células estaminais.
Vimo-nos deparados com esta situação, no particular, pediam-nos os tais mil e tal euros, e as respostas que nos davam, eram que com o meu historial de cancro da mama, podiamos preservar as células estaminais. No banco publico, diziam-nos que não podia, porque tinha tido cancro da mama...
Chegamos á conclusão, que se pagasse podia guardar, mesmo que um dia precisando não as pudesse usar, e no publico, não se pagava, mas não podia guardar.
Não foi fácil a decisão, mas acabamos por decidir em não guardar.
Procurei na altura as melhores respostas. E espero ter decidido bem.
Um beijinho grande meu filho, amo-te muito.
Quarta-feira, 16 de Maio de 2012
Hoje era o teu aniversário. Os meus parabéns.
Farias 75 anos, se o cancro tivesse deixado.
Foste apanhada por esse monstro, e lembro-me bem a tristeza que foi, saberes que tinhas cancro da mama.
Foi doloroso, para ti e para quem estava ao teu redor.
Ninguém merece, mas tu não merecias mesmo...
Merecias uma velhice digna da pessoa que foste...e não tiveste...isso a par do teu sofrimento entristece-me sempre que penso em ti, pois eram muitas as vezes que dizias...quero ver quem cuida de mim quando eu for velhinha...estas palavras passam muitas vezes pela minha cabeça...
Já escrevi isto muitas vezes neste ou no blog VIDA...depois de eu ter tido cancro, é que percebi que o muito que te dei, quando estavas doente, afinal foi pouco...provavelmente para ti até não foi...mas eu sei o que é a angustia de alguns dias, quando passamos pelo cancro. Não chegaste a fazer a mastectomia, mas sofreste como se a tivesses feito, sei que te ia custar muito essa mutilação. Sei que não estavas a conseguir lidar com isso. Hoje eu sabia dizer-te tantas palavras de conforto em relação a isso.
Na altura, para mim, era tudo novo, foi a tua experiencia, infelizmente, que me deu força, que me me inspirou...sei que também tive sorte...ou quem sabe, a sorte foi teres estado a lutar comigo a meu “lado”.
Obrigada tia por tudo...
Tens um significado enorme na minha vida.
Sabes que te queria junto de mim...queria ver-te babada a olhar para o Miguel...
Amo-te muito...
Sem dinheiro para ir ao hospital
Glória Lucas, 56 anos, sofre de lúpus e várias doenças ósseas que a obrigam a consultas de vigilância no máximo de três em três meses. Deixou de ser acompanhada no final de 2011 porque os 379 euros que recebe da pensão de invalidez mal chegam para sobreviver.
Joana Pereira Bastos e Vera Lúcia Arreigoso (www.expresso.pt)
8:50 Quarta feira, 16 de maio de 2012
Todos os dias o ritual é o mesmo. Uma sucessão quase infindável de comprimidos, de manhã até ao deitar. Dezoito, no total. Vinte e dois à quarta-feira. Não é para menos. Glória Lucas, 56 anos, sofre de lúpus, uma doença autoimune que lhe atacou os ossos e as articulações e lhe provocou osteoporose, osteoartrose e artrite.
A doença e a elevada dose de medicação, que é agressiva e carregada de efeitos secundários, obrigam-na a fazer análises e a ter consultas de vigilância com muita regularidade. No máximo, de três em três meses. Em fases mais agudas, pelo menos uma vez por mês. Mas Glória deixou de ser acompanhada no final de 2011.
"Já faltei a consultas e a exames porque não tenho dinheiro para o transporte", explica. Recebe 379 euros de pensão de invalidez e paga 145 euros de renda. Sobram-lhe pouco mais de 200 euros para comer, pagar as despesas da casa e comprar a medicação.
Fim dos reembolsos pelo transporte
O dinheiro não estica o suficiente para os mais de 100 quilómetros que a separam do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde tem de ser seguida para ter acompanhamento especializado.
Dantes, o centro de saúde de Peniche, onde mora, passava-lhe uma credencial para o transporte, que lhe permitia reaver a 100% o custo da viagem de camioneta até à capital, depois de devidamente carimbada no Santa Maria. Mas o ano passado o médico de família informou-a de que a Segurança Social tinha deixado de pagar o reembolso das deslocações.
A única possibilidade de voltar a ter transporte gratuito era em ambulâncias dos bombeiros, mas apenas se o médico do Santa Maria autorizasse. O que não aconteceu. "Lá, disseram-me que só autorizam em casos extremos, como acamados, doentes com cancro ou doentes renais crónicos. Compreendem a minha situação, mas dizem que são as regras da troika, que mandou cortar no transporte." Perante a recusa, Glória Lucas deixou de fazer análises.
"A última vez que fui à médica, já depois de algumas faltas, ela perguntou-me como é que eu quero ser tratada se não vou às consultas e não faço os exames. Eu perguntei-lhe como é que ela quer que eu faça se não tenho dinheiro. Ficou calada. E ficámos assim."
Doentes sem tratamento por falta de transporte
Por todo o país, pessoas com baixos rendimentos estão a faltar a consultas, exames e tratamentos por não conseguirem pagar as deslocações. Governo reconhece que há um problema e vai mudar a lei.
Mesmo estando isentos de taxas moderadores, há doentes que ficam sem tratamento porque nem sequer conseguem chegar à porta do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Estão previstas deslocações gratuitas para quem precisa de assistência e tem baixos rendimentos, mas a lei nem sempre é cumprida.
Obrigados pela troika a cortar cerca de 54 milhões de euros no transporte não urgente de doentes, hospitais e centros de saúde estão a racionar as credenciais. Muitas vezes fica de fora mesmo quem tem direito. O Expresso encontrou vários casos de pessoas que deixaram de se tratar por não conseguirem pagar a deslocação ao médico.
Segundo as regras em vigor, beneficiam de transporte gratuito os utentes com menos de 419 euros de rendimento mensal do agregado familiar (seja qual for o número de elementos) e situações clínicas incapacitantes como doenças neuromusculares e ortopédicas, doenças oncológicas ou sequelas motoras de doenças musculares.
Muito em breve será publicado um novo diploma que sobe dos 419 para 628 euros mensais o limite de rendimentos para se ter acesso ao transporte gratuito. A nova legislação vai ainda alargar este direito a quem tem de recorrer ao SNS pelo menos oito vezes por mês. No caso dos doentes oncológicos, estará sempre garantido.
Ao Expresso, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, salienta ainda que a nova lei dará ao médico a possibilidade de prescrever transporte gratuito a casos que a sua "sensibilidade ética" dite que também devem ser beneficiados, mesmo que não cumpram os critérios previstos.
Ler mais:
http://expresso.sapo.pt/sem-dinheiro-para-ir-ao-hospital=f725882#ixzz1v1RJK9MK Fonte:
http://expresso.sapo.pt/sem-dinheiro-para-ir-ao-hospital=f725882
Segunda-feira, 14 de Maio de 2012
A Unidade de Cuidados Continuados de longa duração e Manutenção de Garvão recebeu hoje, dia 14 de Maio, os primeiros utentes, segundo nos revela a Associação Futuro de Garvão, que vê agora a Unidade de Cuidados Continuados de longa duração e Manutenção de Garvão em pleno funcionamento, três anos depois de a reivindicar.
Esta unidade tem capacidade para receber cerca de 30 utentes. A sala de fisioterapia altamente equipada vai servir de apoio ao tratamento dos utentes internados e também de utentes externos que requeiram o serviço.
Recorde-se que, esta Unidade de Cuidados Continuados de longa duração e Manutenção é a terceira do mesmo tipo, na Rede de Referência da Unidade local de saúde do Baixo Alentejo.
Este investimento, no valor total de cerca de dois milhões de euros, financiado em 750 mil euros pela Administração Regional de Saúde do Alentejo e a outra parte por fundos privados, proporcionou também a criação de cerca de 30 postos de trabalho qualificados, sobretudo, jovens permitindo a fixação desses jovens na terra de origem.
http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=127435
Quarta-feira, 9 de Maio de 2012
O recurso a solários e a exposição intensa ao sol são comportamentos de risco, já que potenciam o surgimento de cancro da pele. É um alerta de um especialista, na dia do euromelanoma. E fica, ainda, o aviso: "Dias de nevoeiro e de vento dão sol matreiro”.
Vêm aí dias de temperaturas altas e índices de raios ultravioleta igualmente elevados. Com a época balnear a bater à porta, os especialistas alertam para a prevenção e diagnóstico do cancro cutâneo. Para perceber mais sobre a doença, bem como, os cuidados a ser tomados, a Renascença foi ouvir Osvaldo Correia, da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC).
A moda do corpo bronzeado tornou-se um risco para a pele. “As variações climatéricas levam, muitas vezes, a que as pessoas estejam ansiosas e, logo após o mau tempo, acabam por se expor de uma forma intensa no primeiro dia de sol”, explica Osvaldo Correia, sublinhando ainda que " os efeitos surgem anos depois".
A utilização de solários, ainda que em Portugal seja menor face a outros países mediterrânicos, é outro recurso ao bronze que é considerado tão perigoso “quanto o tabaco é para o cancro de pulmão”. Não significa que “toda a gente que faz solário vá ter problemas de pele”, mas, segundo o dermatologista, é importante lembrar que este tipo de exposição, “mesmo que pouco frequente, não prepara a pele e não é importante para a vitamina D como muitas pessoas julgam”.
Osvaldo Correia garante que as idas ao solário, que envolvem 3% a 5% dos portugueses, “podem traduzir-se em efeitos negativos sobre a pele, não só no envelhecimento, como na susceptibilidade de cancro”.
Além desta aplicação artificial, o especialista revela que “em Portugal é ainda elevado o número de queimaduras solares devido a exposições inapropriadas e não só em pessoas de pele clara.”
“Dias de nevoeiro e de vento dão sol matreiro”
Antes de passar aos conselhos, Osvaldo Correia sublinha que a “temperatura nem sempre se correlaciona com o índice de ultravioleta". "Há que estar atento: dias de nevoeiro e de vento dão sol matreiro", diz.
O especialista identifica ainda as três lesões que podem indicar cancro cutâneo: “Uma ferida que não cicatriza - rosto, nariz, orelhas - e volta mais grossa; um sinal de cor que surgiu diferente dos outros; um sinal estável que já tinha, cuja cor e contorno tornam-se irregulares”.
Neste sentido, “utilizar um chapéu de abas largas, proteger o decote e os braços é importante, além de recorrer à sombra e ao uso do protector solar - que quanto mais fluido for, mais vezes tem que ser renovado”, refere o dermatologista. Osvaldo Correia acrescenta ainda que o período da “siesta”, entre as 12h00 e as 16h00, deve ser evitado, uma vez que “os índices de ultra-violeta são mais elevados”.
O dia do euromelanoma em Portugal vai disponibilizar a partir desta quarta-feira, em parceria com cerca de 30 serviços de dermatologia, um rastreio gratuito de cancro da pele direccionado, sobretudo a quem tem lesões de risco ou com antecedentes de queimaduras solares. Em caso de impossibilidade ou falta de vagas, Osvaldo Correia diz que “as pessoas com dúvidas devem procurar o seu médico”.
Pode consultar em
http://www.apcc.online.pt os locais onde os rastreios vão ser feitos.
Fonte:
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=61420