(O texto é longo, mas vale a pena ler)
Fonte: Familia Sapo
Cada linha deste artigo reflecte uma história de vida que não deve perder.
Pela coragem. Pela determinação. Pela família que ficou com os dias virados do avesso. Pela Sandra, pelo marido que tem estado sempre do seu lado e pelas filhas.
É impossível ficar indiferente à história de Sandra Rodrigues. Com 28 anos e a viver a sua segunda gravidez, recebeu a notícia que jamais queria ouvir: tem cancro de mama. Com uma bebé na barriga e sem tempo para desfrutar da gravidez, Sandra foi obrigada a enfrentar um tumor que foi crescendo sem pedir autorização. Sempre com um sorriso, contou-nos toda esta experiência.
Texto e foto: Cláudia Pinto
Ainda faltam dois anos para a Sandra completar o 30º aniversário. Morena, simpática, mãe de duas filhas e lutadora. Características que marcam a forte personalidade da protagonista de uma situação pouco vulgar nos dias que correm.
A filha mais velha de Sandra nasceu no ano de viragem do século, com
A nossa entrevistada ia regularmente às consultas de planeamento familiar e preparou rigorosamente a decisão de ter mais um filho. Engravidou em Fevereiro de 2008 e tudo corria bem até que, dois meses depois, começou a sentir um caroço na mama esquerda. “Fui deixando passar porque pensava que estaria associado ao leite. Mais tarde, o caroço começou a doer-me e a fazer comichão. Ainda assim, optei por não falar logo com a médica. Ia apenas às consultas normais de gravidez. Queria viver a gestação tranquilamente e nunca comentei com a especialista. Apenas contei à minha família mas a primeira reacção de todos foi pensar que seria normal e que o caroço estaria relacionado com a gravidez”, explica Sandra.
Peito inflamado, dores e incómodo
A certa altura, Sandra já não aguentava muito as dores, custava-lhe a deitar-se em certas posições e o caroço ia aumentando de tamanho. Foi então que decidiu falar com a sua médica que, infelizmente, estava de férias. “A 18 de Agosto, tive de ir levar uma injecção por causa do meu tipo de sangue e pedi à enfermeira para me ver o caroço que me causava mesmo dor. Parecia que latejava! Ela apalpou e teve a infeliz ideia de comentar que me estava a nascer uma terceira mama… Não deve ter feito por mal e até acho que foi essa frase que me fez reagir”. Foi então que Sandra começou a pensar que algo de errado se estava a passar com ela. Nesse mesmo dia, deslocou-se à urgência do Hospital da Estefânia. Estava nas 27 semanas de gravidez. “A médica foi muito simpática, apalpou o peito mas não detectou nada de grave e mandou-me voltar no dia seguinte para tentar ser vista na consulta de Senologia. Foi o que fiz, fui atendida pela Dr.ª Ondina Henriques que já se reformou e que foi muito acessível. Ela apalpou e achou que, como estava grávida, não se podia facilitar e seria preferível fazer todos os exames necessários. Prescreveu-me uma mamografia, uma ecografia e uma biópsia de agulha fina”, acrescenta.
Sandra ainda decidiu ir de férias para o Alentejo – onde vivem os pais – e depois do regresso, dirigiu-se ao Hospital de São José para realizar os exames solicitados que tinham já ficado marcados. Nessa altura, ainda não sabia se a biopsia seria mesmo necessária. No entanto, como a médica não gostou do que viu nos outros exames, optou por realizá-la. “Os exames são um pouco mais dolorosos estando grávida, fui obrigada a usar uma protecção específica para proteger a bebé das radiações da mamografia. Na biopsia, levei menos anestesia do que deveria por estar grávida. Acabou por não ser com agulha fina mas com uma espécie de cânula para retirarem mais tecido. O exame foi muito doloroso. Disseram-me que o resultado estaria pronto de oito a dez dias. Saí de lá de rastos!”
No fim-de-semana seguinte, foi a uma festa no Alentejo mas sentia-se muito cansada. Voltou na 2ª Feira e teve de ir ao Hospital da Estefânia pois tinham agendado uma consulta de gravidez de alto risco. Nessa altura o processo tinha passado para outras duas médicas, Dr.ª Fazila Mahomed, senologista e cirurgiã e Dr.ª Raquel, obstetra.
Uma agitação fora do normal
“Comecei a reparar numa agitação um pouco invulgar. A minha prima Lara trabalha no Hospital da Estefânia e andava comigo de braço dado para todo o lado porque ela já sabia o que se passava. Parecia a minha sombra por mais que lhe dissesse para ir trabalhar e para me deixar à espera de ser chamada. Entrei para a consulta da obstetra que decorreu de forma normal. Entretanto, comecei a ver uns papelinhos amarelos em cima da mesa com pedidos de novos exames. Comecei a ler “ecografia abdominal, ecografia ao fígado, ecografia à tiróide... Percebi logo que algo se passava porque numa gravidez normal não há necessidade de realizar estes exames. Perguntei à médica obstetra para que é que seria aquilo mas ela não foi capaz de me dizer nada… A outra médica que me estava a acompanhar pediu à minha prima – que acompanhou a consulta - para ir marcar aqueles exames dos tais papelinhos amarelos. A médica, entretanto, já tinha o resultado dos exames que supostamente iriam demorar oito a 10
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