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Faz hoje precisamente um ano que fiz o meu TRAM.

Sete horas de operação.

Correu bem, Graças a Deus.

E passado este ano, não estou arrependida, apesar de quando acordei, ter sido esse o meu sentimento, mas depois com o passar das horas e dos dias, e passadas as dores, depressa me passou esse pensamento.

Não é coisa que se dê de conselho a mulheres mastectomizadas, porque acho que tem que ser a pessoa a concluir que deve ou não fazer, embora possa sempre dar a opinião do que significou para mim fazer a operação.

Acho que é um passo, para a melhorar a nossa auto-estima, não que a tivesse em baixo, mas pode-se voltar a vestir aquelas blusinhas que estavam guardadas ou até escondidas, o soutien também muda, deixa de ser aqueles menos bonitos, quentes, e grandes.

Mas obviamente o que é preciso e é isso que vou dizer sempre é Saúde.

Dia da minha operação...

Já fez um ano.

Agora penso é na reconstrução...já sei que não é fácil , mas acho que nem tem a ver com a idade, tem a ver com a nossa feminilidade que foi posta em causa a quando da operação...quando oiço senhoras dos seus 50, 60 anos a dizer que já não pensam na reconstrução porque já não é para a idade delas, o que eu acho é que temos que estar bem connosco, embora as vezes pense...que o que é preciso é estar viva...mas se podermos ter mais qualidade de vida e se a medicina assim o permite, não vejo porque não fazer a reconstrução mamaria. Será a minha nova etapa a minha prioridade, sem fazer disso uma obsessão, pois primeiro há que ouvir a médica cirurgiã plástica e depois decidir...